terça-feira, 3 de maio de 2011

Jornalista que fez denuncias de irregularidades em Bananal na última edição de seu jornal foi assassinato a tiros em sua residência.

Matéria extraída do jornal O GLOBO(INTERNET) DIA 03/05/2011
Crime

Jornalista que foi candidato a vereador é morto em Rio Claro

Publicada em 03/05/2011 às 18h53m

Dicler de Mello e Souza
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RIO CLARO - O jornalista Valério Nascimento foi morto a tiros na manhã desta terça-feira, no quintal de sua casa, no distrito de Lídice, em Rio Claro, no Sul Fluminense. Valério era dono do jornal Panorama Geral - que circulava em Rio Claro, Angra dos Reis e Bananal, no interior paulista. A Polícia Civil afirmou que há a hipótese de que o crime possa ter conotação política. Valério também era presidente da associação dos moradores na região onde morava e já foi candidato a vereador em Rio Claro nas últimas eleições, e em Angra dos Reis.

Segundo o policial civil Carlos Matos, chefe do Grupo de Investigação Continuada (GIC), da 168ª DP (Rio Claro), o jornalista vinha divulgando em seu jornal várias irregularidades na administração do prefeito de Bananal. A cidade fica no Estado de São Paulo, mas faz divisa com Rio Claro. O policial disse que na última edição do Panorama Geral, publicada no último dia 29, Valério divulgou uma reportagem como título: "Esta é a realidade do Bairro Rancho Grande. Totalmente abandonado pelo prefeito de Bananal".

O policial foi designado pelo delegado Marco Antônio de Oliveira Alves a encabeçar as apurações sobre o assassinato do jornalista, que morreu com dois tiros, um nas costas e outro na cabeça. Segundo Matos, também foram publicadas no jornal outras matérias denunciando o desleixo das praças públicas, postos de saúde e do tratamento de esgoto em Bananal.

- Porém, é apenas uma denuncia suspeita a ser investigada, não temos ainda nada de concreto para afirmar o motivo do homicídio. No local do crime ouvimos testemunhas, mas prefiro não divulgar as informações repassadas por elas, para não atrapalhar as investigações - disse Matos.

O jornalista morava sozinho. Seu corpo foi levado para o Instituto Médico Legal de Angra dos Reis, para necropsia.



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